| 22/04/2003 07h05min
Um representante dos Estados Unidos está chegando em Pequim nesta terça, dia 22, para participar das conversações com a Coréia do Norte e a China sobre os planos nucleares norte-coreanos. Este é o primeiro encontro formal entre Pyongyang e Washington desde que eclodiu a crise nuclear entre os dois países, no ano passado.
James Kelly, o secretário-assistente de Estado para Relações do Leste Asiático, deve participar do encontro de três dias – a partir desta quarta, dia 23 – com autoridades norte-coreanas e chinesas, informou um porta-voz da embaixada dos EUA.
Kelly irá se encontrar com Li Gun, diretor-geral das relações norte-americanas no Ministério das Relações Exteriores da Coréia do Norte, disse o porta-voz. Fu Ying, chefe chefe para relações asiáticas do ministério do Exterior chinês, também participará do encontro.
Os Estados Unidos querem convencer os norte-coreanos a encerrarem seus programas nucleares, enquanto, do outro lado, os coreanos do Norte exigem garantias que os EUA não irão atacar o país. A delegação norte-coreana já está em Pequim.
O envolvimento da China nas negociações busca colocar os dois lados do mesmo lado da mesa de conversas, mas Coréia do Norte e EUA ainda divergem sobre qual papel os chineses irão exercer no encontro. Enquanto Washington deseja que a China, principal aliado da Coréia do Norte, participe das conversas de forma ativa, Pyongyang deseja que os chineses sejam meros anfitriões.
Segundo declaração do porta-voz do ministério do Exterior chinês, Kong Quan, publicada pela agência de notícias russa Itar-Tass, o formato previsto para o encontro não incomoda Pequim.
A crise entre EUA e Coréia do Norte teve início em outubro de 2002, quando Washington afirmou que Pyongyang havia admitido possuir um programa nuclear. Os norte-coreanos negam ter feito tal declaração.
As informações são da agência Reuters.
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